ela grande habilidade para lidar com o poder público e os interesses privados, ocupa muitos cargos de comando e responsabilidade. Como exemplo, é diretor da Companhia Mogyana de Estradas de Ferro, do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp e da Escola Politécnica de São Paulo - Poli, conselheiro da Caixa Econômica de São Paulo e da Comissão Administrativa do Theatro Municipal, e presidente do Instituto de Engenharia e da Comissão de Obras da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Seu Escritório Técnico de Projeto e Construção, situado na rua Boa Vista, torna-se famoso não apenas pelas obras que realiza, mas também pelo numeroso grupo de engenheiros e arquitetos que, em conjunto, trabalham sob sua direção, tais como Victor Dubugras (1868 - 1933), Domiziano Rossi (1865 - 1920), Anhaia Mello (1891 - 1974), Ricardo Severo (1869 - 1940) e Arnaldo Dumont Villares (1888 - 1965). Os dois últimos, após a morte de Ramos de Azevedo, em 1928, criam a empresa Escritório Técnico Ramos de Azevedo, Severo & Villares S. A.
Em vários projetos de hospitais, asilos, quartéis, escolas, institutos, matadouros, edifícios públicos e residências, Ramos de Azevedo demonstra uma combinação segura entre o recurso a um repertório estilístico beaux arts e a consideração e exploração da racionalidade construtiva, a serviço da utilidade e da funcionalidade. Destacam-se como suas principais obras, na cidade de São Paulo, os prédios das "Secretarias de Estado", no pátio do Colégio, 1886/1896; o quartel da polícia, 1888/1891, no bairro da Luz; a Escola Normal, 1890/1894, e o jardim-de-infância, 1896, na praça da República; a Escola Prudente de Moraes, 1893/1895; a Escola Politécnica, 1895/1897; o Asilo do Juqueri, 1895/1898; o Liceu de Artes e Ofícios, 1897/1900 (hoje Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp); o Portal do Cemitério da Consolação, 1902; o Theatro Municipal de São Paulo, 1903/1911; o Instituto Pasteur, 1903, e o Grupo Escolar Rodrigues Alves, 1919, na avenida Paulista; o Palácio das Indústrias, 1917/1924, no parque D. Pedro II; e a agência central dos Correios, no vale do Anhangabaú, 1922.
Em 1919 é cogitado para prefeito de São Paulo. Em 1921 é festejado pelos seus 70 anos. Em maio de 1924 é inaugurado o Palácio das Indústrias. Em 1925 assume a presidência da Caixa Econômica do Estado de São Paulo, cargo que ocupa até falecer.
Sem dúvida um grande brasileiro!
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